O dia 16 de agosto ficará marcado para sempre na história da política e do movimento pela igualdade de direitos entre os sexos em Itabuna. Nesta data, o dirigente baiano de um dos maiores partidos políticos do Brasil usou de um microfone para fazer um ataque escancarado e gratuito à mulher grapiúna, baiana e brasileira.
Presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima disse abertamente em praça pública, em Itabuna, e ao lado do irmão o ministro Geddel Vieira Lima, que, para a mulher estão reservados o fogão, a cozinha. Está reservado o papel de farofeira, cozinheira. Nada mais machista e pouco surpreendente vindo de um homem acostumado a cuidar de gados e posto na presidência de um partido sob a sombra do irmão.
Por sua ignorância demonstrada, deve desconhecer até mesmo o papel de mulheres importantes na luta pela democracia e, até, na luta pelo fortalecimento do próprio PMDB. Como esquecer de Abigail Feitosa, deputada federal baiana pelo PMDB? Ou Marizete Pereira e Virgínia Hagge, atuais deputadas estaduais?
Como se vê, as novas diretrizes do PMDB encarnam o que há de pior no carlismo, que está no DNA do comandante do partido na Bahia. Lúcio desrespeita as mulheres, desrespeita a cidadania.
A União Brasileira de Mulheres (UBM) aguardou este momento para repudiar as declarações de Lúcio, longe das disputas políticas em Itabuna, local usado pelo peemedebista para desferir os seus golpes, rasteiros, contra a luta pela igualdade de direitos. Este repúdio não é apenas das mulheres itabunenses, mas baianas e brasileiras.
Senhor Lúcio Vieira Lima, por certo, desconhece o papel das mulheres neste novo momento do mundo.