O assassinato da dona de casa Ivonete Santos pelo companheiro nessa terça-feira (29/7) em Camaçari trouxe à luz um dado preocupante. Segundo o Centro de Documentação e Estatísticas da Polícia Civil da Bahia (Cedep), de janeiro até agora, 59 mulheres foram vítimas de homicídio doloso - aquele com intenção de matar - em Salvador e Região Metropolitana, com 12 casos registrados apenas no mês de junho. Os crimes, em sua maioria, foram motivados por ciúmes ou o tráfico de drogas.
A morte de Ivonete dos Santos, 41 anos, se insere no primeiro caso. A dona de casa levou vários tiros da cabeça, depois que se recusou a reatar o casamento desgastado com o pai de seus dois filhos. O crime chocou a comunidade de Camaçari, mas, infelizmente, é apenas mais um nas estatísticas da violência praticadas contra as mulheres no estado. De acordo com a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) em Salvador, até junho de 2008, foram registradas mais de três mil ocorrências entre estupro, ameaças de morte e lesão corporal contra mulheres em Salvador. “A violência contra mulher vem de dentro de casa. Pelo menos 60% dos casos foram classificados como crime de proximidade, ou seja, cometidos por pessoas conhecidas das vítimas”, disse a delegada titular da Deam, Aída Burgos.
Para a delegada, as denúncias estão aumentando porque a legislação ficou mais dura . No passado, as agressões eram classificadas como rixas e a penalidade era insignificante, como o fornecimento de cestas básicas e o pagamento de multa. “Agora o agressor não paga mais por ter batido na mulher. Ele pode ser preso em flagrante ou ter a prisão preventiva decretada”, afirmou Aída Burgos. Para crime de violência doméstica, a pena que era de 6 meses até 1 ano foi modificada para de 3 meses a 3 anos. Se a mulher for deficiente, a pena pode aumentar em até um terço. Leia mais clicando no titulo.
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