(...) “lutamos por um novo Brasil onde a exploração e a opressão, hoje presentes, passem a ser apenas uma página do passado na história de um povo que viverá uma nova sociedade de iguais, uma sociedade socialista. Queremos um mundo de igualdade. Para nós e para os que virão depois”.(Manifesto de fundação da UBM,1989).
Uma vida de lutas, resistências e conquistas é como podemos identificar as mulheres brasileiras e do mundo que, no dia a dia, têm construído novos espaços de organização e conquistado direitos rumo à cidadania e à emancipação. Neste inicio do 3º milênio avaliamos nosso protagonismo na história de conquistas por meio de lutas e como produtoras de riqueza. Construímos, dia a dia, e mantivemos nossa presença em espaços que nos tornaram visíveis resistindo ao preconceito na luta para romper com o atraso institucional e cultural, superando valores e papéis tradicionais que ainda nos submetem e oprimem. Os registros indicam que as primeiras conquistas específicas das mulheres se deram não só por meio do combate às restrições dos seus direitos, mas na luta pela eliminação das barreiras que impediam o seu desenvolvimento como pessoas, que se caracterizou na luta pela igualdade legal. Reivindicavam a substituição da dupla moral por um só valor e exigiam o direito ao voto, ao sufrágio universal, ao acesso à educação formal e à formação profissional – por fim, levantando já no século passado, a bandeira de luta pelo Socialismo. A UBM nasce em 1988 em um Congresso, convocado pela Revista Presença da Mulher, com mais de mil mulheres, tendo como orientação teórica as reflexões e a elaboração da Corrente Emancipacionista que foi sendo formulada no contexto de lutas pela democratização no Brasil. A semente para as reflexões estava na situação histórica das relações de exploração do trabalho e no reconhecimento da situação de opressão das mulheres, entendendo o trabalho como fundamental para garantir a autonomia e emancipação social. Na época, respaldadas pela realidade da situação enfrentada pelas mulheres no mercado de trabalho e sua presença na resistência à ditadura militar, reforçou a compreensão da necessidade de estarmos organizadas em uma entidade ampla de mulheres com uma plataforma de questões específicas sobre a vida e situação das mulheres - pois elas são exploradas e oprimidas – relações imbricadas de classe e de gênero, daí a nossa chamada: Por um mundo de igualdade contra toda opressão.Hoje, além de direitos legais, conquistamos políticas públicas, como resposta do Estado brasileiro às reivindicações das mulheres e o desafio está em garantir a implementação e efetivar estas políticas como políticas de Estado. É dever cotidiano estarmos nos espaços de controle social, vigilantes, frente ao não cumprimento de boa parte dos direitos legais das mulheres na vida, - daí nossa luta por Igualdade na lei e na vida. Se por um lado, garantimos conquistas, por outro, a reação do poder nos coloca em constante vigilância, enfrentando a negação de nossos direitos que se manifesta quando as reformas neoliberais ameaçam os nossos direitos conquistados numa realidade em que é flagrante a feminização da pobreza, a situação de precarização e a discriminação enfrentada pelas mulheres no trabalho, por isso, nossas bandeiras: Nenhum direito a menos, alguns direitos a mais e, pela Valorização do trabalho da mulher.Neste VII Congresso da UBM: Ousadia rumo a emancipação, nós, mulheres organizadas, multiplicaremos nossas forças para continuarmos denunciando o modelo econômico neoliberal que fragmenta o trabalho e as pessoas em sua identidade, destrói valores humanos, desconsidera a cultura dos povos, enfim, precariza a vida, principalmente das mulheres que ainda continuam vivenciando a discriminação, o preconceito, as oportunidades desiguais no mercado de trabalho, a violência doméstica e no trabalho, o assedio moral e sexual, a falta de creches. São precários os serviços/atendimento em saúde que evitariam o alto índice de mortes maternas, faltam serviços públicos que garantam os direitos sexuais e reprodutivos, direito de decidir sobre seu próprio corpo, para isso a chamada: Aborto - a mulher decide, a sociedade respeita e o Estado garante.
No âmbito da esfera e estrutura de poder, o momento exige uma reforma política democrática e o desafio está em consolidar a democracia, mas, com uma maior participação das mulheres nas esferas de decisão, em funções e cargos de poder, em proporção representativa, principalmente na esfera parlamentar e nos partidos políticos daí nossa chamada: Sem as mulheres no poder, a democracia está pela metade: um homem, uma mulher.
Uma vida de lutas, resistências e conquistas é como podemos identificar as mulheres brasileiras e do mundo que, no dia a dia, têm construído novos espaços de organização e conquistado direitos rumo à cidadania e à emancipação. Neste inicio do 3º milênio avaliamos nosso protagonismo na história de conquistas por meio de lutas e como produtoras de riqueza. Construímos, dia a dia, e mantivemos nossa presença em espaços que nos tornaram visíveis resistindo ao preconceito na luta para romper com o atraso institucional e cultural, superando valores e papéis tradicionais que ainda nos submetem e oprimem. Os registros indicam que as primeiras conquistas específicas das mulheres se deram não só por meio do combate às restrições dos seus direitos, mas na luta pela eliminação das barreiras que impediam o seu desenvolvimento como pessoas, que se caracterizou na luta pela igualdade legal. Reivindicavam a substituição da dupla moral por um só valor e exigiam o direito ao voto, ao sufrágio universal, ao acesso à educação formal e à formação profissional – por fim, levantando já no século passado, a bandeira de luta pelo Socialismo. A UBM nasce em 1988 em um Congresso, convocado pela Revista Presença da Mulher, com mais de mil mulheres, tendo como orientação teórica as reflexões e a elaboração da Corrente Emancipacionista que foi sendo formulada no contexto de lutas pela democratização no Brasil. A semente para as reflexões estava na situação histórica das relações de exploração do trabalho e no reconhecimento da situação de opressão das mulheres, entendendo o trabalho como fundamental para garantir a autonomia e emancipação social. Na época, respaldadas pela realidade da situação enfrentada pelas mulheres no mercado de trabalho e sua presença na resistência à ditadura militar, reforçou a compreensão da necessidade de estarmos organizadas em uma entidade ampla de mulheres com uma plataforma de questões específicas sobre a vida e situação das mulheres - pois elas são exploradas e oprimidas – relações imbricadas de classe e de gênero, daí a nossa chamada: Por um mundo de igualdade contra toda opressão.Hoje, além de direitos legais, conquistamos políticas públicas, como resposta do Estado brasileiro às reivindicações das mulheres e o desafio está em garantir a implementação e efetivar estas políticas como políticas de Estado. É dever cotidiano estarmos nos espaços de controle social, vigilantes, frente ao não cumprimento de boa parte dos direitos legais das mulheres na vida, - daí nossa luta por Igualdade na lei e na vida. Se por um lado, garantimos conquistas, por outro, a reação do poder nos coloca em constante vigilância, enfrentando a negação de nossos direitos que se manifesta quando as reformas neoliberais ameaçam os nossos direitos conquistados numa realidade em que é flagrante a feminização da pobreza, a situação de precarização e a discriminação enfrentada pelas mulheres no trabalho, por isso, nossas bandeiras: Nenhum direito a menos, alguns direitos a mais e, pela Valorização do trabalho da mulher.Neste VII Congresso da UBM: Ousadia rumo a emancipação, nós, mulheres organizadas, multiplicaremos nossas forças para continuarmos denunciando o modelo econômico neoliberal que fragmenta o trabalho e as pessoas em sua identidade, destrói valores humanos, desconsidera a cultura dos povos, enfim, precariza a vida, principalmente das mulheres que ainda continuam vivenciando a discriminação, o preconceito, as oportunidades desiguais no mercado de trabalho, a violência doméstica e no trabalho, o assedio moral e sexual, a falta de creches. São precários os serviços/atendimento em saúde que evitariam o alto índice de mortes maternas, faltam serviços públicos que garantam os direitos sexuais e reprodutivos, direito de decidir sobre seu próprio corpo, para isso a chamada: Aborto - a mulher decide, a sociedade respeita e o Estado garante.
No âmbito da esfera e estrutura de poder, o momento exige uma reforma política democrática e o desafio está em consolidar a democracia, mas, com uma maior participação das mulheres nas esferas de decisão, em funções e cargos de poder, em proporção representativa, principalmente na esfera parlamentar e nos partidos políticos daí nossa chamada: Sem as mulheres no poder, a democracia está pela metade: um homem, uma mulher.