quarta-feira, 20 de junho de 2007

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

O alto índice de violência contra a mulher, constitui hoje uma grave questão social. Os casos de estupro, assédio sexual,violência e maus tratos no casamento, abandono familiar, perda da custódia dos filhos, ameaças e lesões corporais causadas por maridos e ex- companheiros, constrangimentos , humilhações, além de preconceito no exercício de uma profissão.
Muitas vêzes alheias aos seus próprios direitos, a mulher não sabe a quem recorrer, a quem pedir socorro. Em Itabuna, a Delegacia da Mulher (DEAM) informa que são inúmeros os registros de casos de violência contra a mulher, todavia ainda são poucas as que registram a queixa e há ainda as que as retiram, temendo repressão por parte do agressor. Por outro lado, a falta de qualificação profissional e assistência médica e jurídica têm forçado essas mulheres a retornarem ao lar e continuarem a sofrer todas as formas de violência.
É preciso que as autoridades cumpam as leis. Existe em Itabuna uma Lei de autoria da ex vereadora Neiva, SSAM (Serviço de Assistência e Amparo a Mulher) e outra de autoria do vereador Luís Sena, que cria a Casa Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência, mas, na prática, essas Leis inexistem. A UBM- União Brasileira de Mulheres-núcleo Itabuna, vem lutando incansavelmente para que projetos como esses não fiquem só no papel. É necessário que a população cobre das autoridades o efetivo cumprimento e a aplicabilidade dessas leis. Toda mulher que se sentir ameaçada, violentada, agredida ou lesada em seus direitos devem recorrer às DEAMs (Delegacia da Mulher), AMI, UBM (União Brasileira de Mulheres-núcleo Itabuna) e demais entidades voltadas para a defesas dos direitos da mulher.
DENUNCIE!!
FAÇA VALER SEUS DIREITOS!
DIGA NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
Sônia Barros
Coordenadora UBM/Itabuna

Política de cotas aumenta participação das mulheres na política

A política de cotas foi o tema da primeira mesa-redonda do seminário "Trilhas do Poder das Mulheres - Experiências Internacionais em Ações Afirmativas", que prossegue durante todo o dia de hoje, quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. As experiências da Argentina e Costa Rica dão conta de que existem cotas que devem ser cumpridas sob pena de punição aos partidos políticos que a desobedecerem. Os dois países adotam o sisetam de lista fechada.

Na abertura da reunião, a deputada Fátima Bezerra (PT-RN) lembrou que o objetivo do evento é debater as experiências internacionais e as ações afirmativas para a inclusão das mulheres na política.
A adoção de cotas para mulheres na política da Argentina pode ser considerada um sucesso, pois aumentou a participação feminina no Legislativo federal. A avaliação é da consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Jutta Borner, que participa do
Borner ressaltou que um dos fatores responsáveis por esse aumento é a exigência de um percentual de 30% de mulheres em relação ao número de candidatos eleitos do partido, e não dos candidatos que concorrem às eleições. A Argentina adota o sistema de lista fechada. Leia mais clicando no titulo.

VOCÊ SABIA??

O novo quadro político da América Latina, onde surgem movimentos de resistência que levaram à conquistas de espaços governamentais, tem impactado positivamente a luta das mulheres por sua emancipação.No Brasil, após a eleição do presidente Lula, as mulheres têm alcançado avanços dignos de registro. Um deles foi a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, com status de Ministério, que além de assessorar diretamente o Presidente da República, articula a elaboração e implementação de políticas públicas para as mulheres, o que possibilitou a conquista do Plano Nacional de Políticas para a Mulher, aprovado pelo Decreto Presidencial nº 5.390, de 08 de março de 2005. Este Plano que se caracteriza como uma política de estado foi resultante de uma intensa mobilização das mulheres, na base, tendo levado 120 mil brasileiras a se reunirem em conferências municipais, regionais e estaduais, culminando com a conferência nacional à qual compareceu o Presidente Lula. O Plano representa uma importante mudança na forma de se tratar a desigualdade de gênero no país, agora de forma articulada, e não mais em ações isoladas.