segunda-feira, 30 de julho de 2007

VOCE SABIA??

28 de maio – Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia
Nacional de Redução da Morte Materna


O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher foi tirado em uma reunião da Rede
Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos (RMMDR), realizada no V Encontro
Internacional sobre Saúde da Mulher, na Costa Rica, em maio de 1987.

Em 1988, o governo brasileiro determinou este mesmo dia como a data nacional
para combate à morte materna, instituindo a comemoração neste mesmo 28 de
maio, do Dia Nacional de Redução da Morte Materna.

DIRETORA DA OIT FAZ PALESTRA SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS E IGUALDADE DE GÊNERO

O evento, no dia primeiro de agosto, tem apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. A Organização Internacional do Trabalho traz ao Brasil a diretora Manuela Tomei para palestra sobre Políticas Públicas e Igualdade de Gênero, no dia 1º de agosto, das 14h às 17h, no auditório do Ministério do Planejamento.
A socióloga Manuela Tomei, ex-professora da Universidade de Roma, atualmente é diretora do setor de Condições de Trabalho e Emprego, do Departamento de Proteção e do Trabalho, da OIT/Genebra, e responsável pelos relatórios sobre a situação da discriminação feminina no mundo. Em 2003, a organização lançou o 1º relatório, “A hora da igualdade no trabalho” e, em 10 de maio de 2007, o segundo documento, “Igualdade no trabalho: enfrentando os desafios”.
O objetivo da palestra é aprofundar a discussão sobre políticas públicas na promoção da igualdade de gênero no trabalho e também contribuir para o debate na II Conferência de Políticas para Mulheres, que será realizada de 17 a 20 de agosto, em Brasília – já que o primeiro eixo do Plano Nacional de Políticas para Mulheres trata da autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania.“Para a maioria das mulheres, a igualdade de oportunidades no trabalho continua sendo uma meta a ser alcançada, por persistirem situações de desigualdade, em particular no acesso, na permanência e na ascensão profissional”, avalia a gerente de projetos da Secretaria de Articulação Institucional Eunice Lea de Moraes.
Segundo dados do último relatório da OIT, 85,2 milhões de pessoas tinham uma ocupação no Brasil em 2005 e destas, 42,2% eram mulheres. Desde 1995, elas vêm aumentando essa posição ao ritmo de 2,1% ao ano, em média. Há um aumento significativo na ocupação das mulheres negras, que cresce 40,8%, enquanto para as mulheres brancas amplia-se em 22,4%. Isso significa que a ocupação do mercado de trabalho pelas mulheres aumentou 30,2% em 10 anos. O documento recomenda que: “(...) São também necessárias políticas inovadoras voltadas à eliminação das desigualdades de gênero na remuneração e no acesso ao emprego. Apesar dos avanços, em especial o considerável progresso educacional das mulheres, estas continuam ganhando menos do que os homens em todos os espaços, e o peso desigual das responsabilidades familiares as coloca em desvantagem na procura por um emprego de tempo integral. O relatório ressalta que uma maior inclusão dos princípios e direitos fundamentais nos acordos de integração econômica regional e de livre comércio podem desempenhar um papel determinante na redução da discriminação no trabalho”.
O Brasil é signatário de três convenções da OIT, realizadas na década de 50: Convenção sobre Igualdade de Remuneração, Convenção sobre Proteção à Maternidade e Convenção sobre Discriminação. Vale lembrar também que a Constituição Federal, no artigo 7º, proíbe a diferença de salário, de exercício de função e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. Também a CLT, no artigo 461, prevê que “sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo”.

Grupo interministerial inicia visitas a penitenciárias femininas

Coordenado pela SPM, o grupo de trabalho formado por representantes de 12 ministérios e secretarias do governo federal esteve na Penitenciária Feminina de BrasíliaSão 12 celas sem janelas, onde se amontoam cerca de 200 detentas. As necessidades são feitas ali mesmo, em uma fossa aberta no chão. Para a higiene, existe um cano de onde sai água fria. Trancadas, elas dormem, comem e assistem à televisão. Dali só saem durante uma hora e meia por dia. Esse cenário foi apresentado ao Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) no final da visita que percorreu, no último dia 24 de julho, as dependências da Penitenciária Feminina de Brasília, localizada na cidade do Gama (DF). “Nós somos de diversos ministérios do governo e estamos aqui para conhecer suas necessidades, para melhorar a vida de vocês”, disse a coordenadora do GTI, Elisabete Pereira, ao lado de Ana Paula Gonçalves, ambas da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O grupo, sempre acompanhado pela diretora do presídio, Lúcia Antônia de Moraes, e por uma equipe de agentes masculinos e femininos, visitou as dependências da unidade prisional que abriga 347 detentas, 80% presas por tráfico. “Além dessas, temos 27 presas cumprindo pena por homicídio e 37 por latrocínio”, acrescenta a diretora. Na penitenciária feminina, uma ala é ocupada por 75 homens, que são presos psiquiátricos.Encarregado de fazer uma reestruturação nos 44 presídios femininos, que abrigam cerca de 22 mil detentas, o grupo de trabalho vai buscar meios para garantir os direitos básicos dessas mulheres e resgatar a dignidade, com acesso à saúde, à educação, à justiça, ao trabalho, ao convívio eventual com os companheiros, por meio da visita íntima, e com a família. Na Penitenciária de Brasília, por exemplo, as presas com famílias em outros Estados ficam ainda mais isoladas, já que a comunicação é feita apenas por cartas.Na visita, o GTI encontrou algumas mulheres fazendo artesanato com lacre de latinhas e pouco mais de duas dezenas em pequenas salas de aula. Existem oito bebês, que ficam junto das mães até o sexto mês de vida. “Depois, eles são entregues para alguém da família ou encaminhados a um abrigo”, informou Lúcia de Moraes. Em um grande pátio, vagam 75 presos psiquiátricos. Com objetivo de elaborar propostas para a reformulação do sistema prisional feminino, o GTI foi criado por meio da portaria nº 24, de 14 de junho de 2007, e é formado por um representante titular e outro suplente dos ministérios da Saúde, do Trabalho, da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Cultura, do Esporte; das secretarias nacionais Antidrogas e de Juventude; das secretarias especiais dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres; e do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça.