terça-feira, 28 de agosto de 2007

LIDERANÇA INDIGENA COMEMORA PARTICIPAÇÃO NA II CNPM

Delegada eleita pelo município de Cuiabá (MT), Isabel Taukane, do povo Bakairi, informa que a presença de delegadas indígenas aumentou de 14 para 32, na II CNPM. Ela enviou carta à SPM, na qual solicita a realização de um seminário de mulheres indígenas. Leia o documento na íntegra:Mulheres brasileiras estiveram reunidas na cidade de Brasília para avaliar a implementação do Plano Nacional de Políticas Para Mulheres (PNPM) e discutir a participação de mulheres no espaço de poder. Mais de 2,5 mil mulheres fizeram-se presente.
Entre essas mulheres estavam presentes 32 delegadas indígenas eleitas em seus municípios e estados, um número significativo, visto que na I Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, havia somente 14 indígenas.As delegadas indígenas reivindicaram à ministra da Secretária Especial de Políticas Para Mulheres, Nilcéa Freire, a realização do I Seminário Nacional de Mulheres Indígenas. O seminário terá a função de diagnosticar a situação atual de mulheres indígenas no Brasil. Também reivindicam o fortalecimento do departamento de mulheres da FUNAI, que atualmente não dispõe de orçamento para realização de suas ações.
As delegadas indígenas puderam avaliar, na II Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, a falta de articulação e comunicação entre as organizações de mulheres indígenas que atuam no cenário nacional. Realizaram uma cerimônia de novas energias, num ritual que faz referência do lançamento de uma semente ao solo. As jovens indígenas, xamãs, caciques, parteiras, profissionais liberais e governamentais que possuem o comprometimento social com seu povo e outros povos indígenas acreditam que o seminário será uma semente, e esta poderá dar bons frutos. Mas, para que isso aconteça, dependerá de mim, de ti e de todas nós. Isabel Taukane, do povo Bakairi Delegada eleita por município de Cuiabá (MT)

VIOLENCIA DOMÉSTICA É FATOR DE RISCO PARA A ASMA

A asma, uma doença respiratória crônica que acomete indivíduos de todas as idades, apresenta como causa inúmeros fatores, entre eles os emocionais, os ambientais, os imunológicos e os genéticos. Todavia, pouco se sabe sobre a interferência real desses elementos para o desencadeamento dessa enfermidade.

O International Journal of Epidemiology publicou artigo, desenvolvido por pesquisadores americanos da Escola de Saúde Pública de Havard, sobre a influência da violência doméstica sobre a asma, à partir de análise de famílias da Índia.
Os pesquisadores observaram que as mulheres que relataram uma agressão em seus lares, seja na infância ou na idade adulta, apresentavam um maior risco de desenvolver asma, comparativamente àquelas que não queixaram tal abuso. Além disso, nos lares em que as mulheres afirmaram ter sofrido violência doméstica, o risco de desenvolvimento de asma encontrava-se superior para todos os indivíduos neles residentes.

Para os autores, os achados deixam claro que a exposição a situações estressantes acarreta efeitos negativos ao organismo, propiciando o desenvolvimento de enfermidades como a asma. Fatores como a violência doméstica entre outros interferentes sociais, parecem estar claramente envolvidos como predisponentes a essa doença.

Fonte: International Journal of Epidemiology 2007 36(3):569-579.