segunda-feira, 28 de abril de 2008

NOTA DE REPÚDIO

O Movimento de Mulheres Camponesas - Brasil manifesta por meio desta nota o repúdio diante do bárbaro assassinato de mais uma mulher em nosso país.
Fátima Ferreira de Lima foi assassinada nesse último dia 13 de abril no município de Nova Canaã do Norte, estado do Mato Grosso, com um tiro de espingarda na cabeça, crime este cometido pelo seu ex-marido José Alves de Lima em frente aos seus filhos.
Fátima era uma mulher, como tantas no Brasil, que sofria com a violência doméstica, violência esta, manifestada por agressões físicas e ameaças. Fátima recorreu à polícia, denunciando as ameaças que vinha sofrendo por parte do ex-marido, entretanto o delegado regional, Sr. Bráulio Junqueira não tomou as devidas providências impostas pela lei a fim de assegurar a segurança de Fátima, não prendendo o agressor, nem sequer o afastando da vítima. Não bastasse isso, a polícia ainda "orientou" Fátima a voltar e "resolver esse problema em casa"!!! Mais uma mulher é vítima da violência e do descaso da Justiça brasileira.
O assassino encontra-se foragido e ameaça de morte os filhos que teve com Fátima.
Basta de violência contra a mulher! Exigimos justiça, exigimos a prisão do assassino de Fátima! Exigimos que sejam tomadas, por parte dos órgãos de Justiça competente do estado de Mato Grosso, as devidas providências legais que garantam a proteção das crianças que agora, além de sofrerem com a brutal morte da mãe, ainda são obrigadas a conviver com o medo das ameaças do próprio pai.

Até quando vamos conviver com a impunidade? Quantas "Fátimas" ainda morrerão até que o problema da violência contra a mulher seja visto como um grave problema social no Brasil?


MMC – Movimento de Mulheres Camponesas

Áustria: pai confessa que confinou filha por 24 anos

O austríaco suspeito de ter mantido sua filha em cárcere durante 24 anos, no porão de sua casa na cidade de Amstetten, confessou o crime nesta segunda-feira (28) perante o tribunal de Justiça.
Josef Fritzl, de 73 anos, foi detido no último sábado, acusado de enclausurar Elisabeth quando ela tinha 11 anos de idade, na casa da família em Amstetten, a 130 quiômetros de Viena.
Durante o interrogatório, reconheceu também ser o responsável de manter relações incestuosas com a filha, dada por desaparecida em 1984 e com quem teve sete filhos, entre 5 e 20 anos de idade, de acordo com relatórios policiais.
Uma equipe de especialistas continuava a busca e a análise de provas no calabouço subterrâneo de várias moradias onde viveram Elisabeth e três de seus filhos, com a finalidade de esclarecer pormenores do caso.
Josef tirou sua filha do porão a pedido de médicos, que pediram mais detalhes sobre o histórico clínico de uma das crianças enclausuradas, que estava gravemente doente.
No relato à polícia, o acusado disse que sua filha "desaparecida" havia decidido voltar à sua casa, o que também havia contado a sua esposa, Rosemarie, mãe de Elisabeth, em relação a outros três menores, o detido alegou que os encontrara abandonados, próximo a sua casa, e por isso os recolheu e criou como adotados.
Franz Polzer, chefe da polícia da Baixa Áustria, onde se encontra Amstetten, disse que Josef queimou na caldeira de calefação da casa uma das crianças, morta durante o parto.
A mídia austríaca qualificou o caso de "pior delito de todos os tempos" e questionou o motivo que levou vizinhos e as autoridades de Amstetten a se manterem distantes de tal monstruosidade.
Agência Prensa Latina