segunda-feira, 18 de junho de 2007

Relato: camponesa perdeu marido e 4 filhos na luta pela reforma agrária

Elizabeth Teixeira tem 82 anos e é um dos símbolos da luta do trabalhadores sem-terra no Brasil. Na última quarta-feira (13), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, durante a realização do 5º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), ela foi aplaudida por quase toda a platéia de mais de 10 mil pessoas ao narrar sua trajetória de sindicalista. Mãe de 11 filhos, quatro deles morreram nas lutas do campo.

Pessoa simples, traz um sorriso fácil e uma voz firme num corpo frágil pela idade. Viúva de João Pedo Teixeira, fundador e líder da Liga Camponesa de Sapé, na Paraíba, Elizabeth tornou-se um dos ícones da luta do trabalhador rural. "Na luta, perdi filhos e marido. Derramei lágrimas e sangue, mas sonho em ver a reforma agrária implantada nesse país”, afirma a nordestina.
A idade avançada não é barreira para essa filha de Sapé (PB). Sempre que pode, percorre o país atenta à luta dos trabalhadores sem-terra em conferências, atos públicos e congressos. “Não meu canso, meu filho. Minha luta ainda não acabou”, pontua. Essa luta, segundo ela, começou há 45 anos, em agosto de 1962, quando João Pedro foi assassinado com três tiros nas costas após uma emboscada.Leia mais clicando no titulo.

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